Segundo o modelo de suas ações artísticas prestigiadas internacionalmente — como na Documenta (2012), no Museu Guggenheim de Nova York (2010), na galeria Tate Modern de Londres (2012) e na Bienal de Veneza (2005 e 2013) —, o artista anglo-indiano-alemão Tino Sehgal (Berlim) ocupou o generoso foyer do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro. Tratou-se do seu primeiro trabalho na América Latina. Sehgal é um dos artistas mais discutidos atualmente e, com seus trabalhos interativos “imateriais“, deu novos impulsos à arte contemporânea.
Sehgal veio para o Rio de Janeiro por dois meses, onde desenvolveu uma nova peça e escolherá 50 pessoas para interagir com os visitantes do CCBB, seja através de participação em conversas improvisadas sobre um tema pré-definido, seja através de canto ou elementos coreográficos.
Com suas ações, Sehgal questiona ideias estabelecidas sobre o que é arte, pois não produz imagens nem objetos, não cria instalações, tampouco pretende que seu trabalho seja entendido como performance. Ele próprio designa suas obras como “situações construídas“, que são efêmeras e impalpáveis.
Tino Sehgal recusou-se a produzir excedentes. Quando produz ou „gera“ algo, para usar a designação do artista, Sehgal não acrescenta nenhum material ao mundo já saturado. O que ele produz desaparece sem deixar vestígios.